sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Anamatra celebra 60 anos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem

Jornal do Commercio - Direito & Justiça - 11.12.08 - B-9
Anamatra comemora e lança manifesto
DA REDAÇÃO
A Anamatra celebrou ontem os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem e sua Comissão de Direitos Humanos lançou manifesto em que destaca: "Ela traduz uma consciência universal de que um determinado grupo de direitos deve ser respeitado em favor de qualquer ser humano, em qualquer lugar, a qualquer tempo, sem distinção de qualquer espécie. Sua elaboração foi uma conquista de toda a humanidade, porém apenas é uma etapa dentro da construção de um patrimônio jurídico erigido em favor da espécie humana e da sua existência em equilíbrio com a natureza". Para o presidente da Anamatra, Cláudio José Montesso, a efetivação dos direitos humanos sempre foi uma bandeira de luta da Anamatra. "É dever de todo o magistrado defender os direitos fundamentais, a Justiça do Trabalho e o Direito do Trabalho, na busca da efetivação dos direitos humanos que pressuponha, em especial, a igualdade de direitos para todos os trabalhadores brasileiros", disse.À noite, foi feita a entrega do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos, uma iniciativa da entidade que, em sua segunda edição, busca distinguir a ampla diversidade de atores e ações que são desenvolvidas no Brasil com o esforço e intenso comprometimento de pessoas físicas e jurídicas na promoção e defesa dos direitos humanos no mundo do trabalho.Eis, na íntegra, o manifesto da Comissão:"Durante exatos 60 anos completados nesta data, a humanidade convive com um estatuto mínimo de direitos necessários para que todos os seres humanos deste planeta possam viver com dignidade. A Declaração Universal dos Direitos do Homem é hoje uma senhora sexagenária muito importante.Nascida de um ideal conquistado após um período extremamente tenebroso, nossa homenageada conviveu com diferentes contextos políticos mundiais, passou pela guerra fria e o seu fim, por crises do petróleo, pela globalização, pelo apogeu do neoliberalismo e a crise do capitalismo desenfreado. Ela traduz uma consciência universal de que um determinado grupo de direitos deve ser respeitado em favor de qualquer ser humano, em qualquer lugar, a qualquer tempo, sem distinção de qualquer espécie. Sua elaboração foi uma conquista de toda a humanidade, porém apenas é uma etapa dentro da construção de um patrimônio jurídico erigido em favor da espécie humana e da sua existência em equilíbrio com a natureza.Nesses 60 anos, não obstante tenha este documento sido multiplicado para centenas de declarações e convenções, a humanidade se depara com um longo caminho para conseguir efetivar os direitos ali assinalados. Nesse mundo em que prevalece o materialismo, a violência, a falta de esperança e o ideal maior da eficiência econômica como fundamento para todos os atos praticados, a humanidade, cada vez mais, necessita que seus dizeres passem da palavra para a ação, do conhecimento para a consciência, na construção de uma sociedade solidária e justa.A data enseja, além de comemoração, uma profunda reflexão. Cada ser humano deve analisar com profundidade o que efetivamente faz para tornar realidade os direitos previstos na declaração, garantindo-se a todos uma existência humana digna. E é esse o compromisso permanente que nós devemos assumir, não somente em respeito à memória de quem a criou mas, principalmente, para que as gerações futuras vivam um mundo melhor, já que a nossa aniversariante é, antes de tudo, um texto fundado na esperança."

Nenhum comentário: