sexta-feira, 3 de julho de 2009

Crise econômica acarreta desemprego maior entre os homens

LEVANTAMENTO
A crise econômica global fez o desemprego no país crescer mais entre os homens, mas fez mais mulheres abandonarem a procura por uma vaga, segundo estudo lançado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Na prática, a crise freou o processo de "feminização" do mercado brasileiro. De acordo com o levantamento, o nível de ocupação das mulheres caiu 3,13%, praticamente o dobro do dos homens (1,57%) entre setembro de 2008, quando a crise se agravou, e abril deste ano. Apesar de mais mulheres terem ficado sem emprego, isso não se refletiu nos números do desemprego, pois, no período, o número de homens desempregados no Brasil cresceu 24%. No caso das mulheres, a alta foi bem menor: 11,2%. O estudo sugere que isso aconteceu devido à maior probabilidade de a mulher assumir as atividades de casa. Isso pode ocorrer, por exemplo, nos casos em que a família resolve cortar a empregada doméstica, após perder renda. Ou seja, de candidata a emprego, a mulher assume o lugar da empregada. Aos homens, tradicionalmente, caberia continuar em busca de emprego e renda. A estatística não considera desempregado quem não busca uma vaga. O estudo mostra ainda que, nos oito meses de crise, apesar de empregar mais homens, a indústria demitiu proporcionalmente mais mão de obra feminina (-8,38%) do que masculina (-4,81%).
Fonte: Jornal Destak - Seu Valor - 03.07.09 - p. 07

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